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A cozinha do futuro


Muito além do preparo e do armazenamento de comida, ela oferece vários insights sobre o comportamento do consumidor hoje:

POR: Casa Claudia 

Quais são as novas funções, rituais e dinâmicas familiares que estão surgindo em torno desse espaço? Enquanto a cozinha continua sendo o coração do lar, as atitudes em relação a cozinhar, preparar refeições e até fazer compras de supermercado estão mudando rapidamente – e se alinhando com o estilo de vida das famílias contemporâneas. Como nós vemos e vivenciamos a nossa cozinha, o seu layout e o seu design é um reflexo de como vivemos nossas vidas.

E esses espaços estão se tornando cada vez mais individuais para atender as nossas necessidades. Com a vida profissional e a familiar se entrelaçando, é importante que os espaços domésticos reflitam isso. As cozinhas se tornaram fluidas: também funcionam como escritórios, espaços para fazer o dever de casa e até zonas de entretenimento e lazer. Espaços pequeno estão sendo maximizados com o uso de eletrodomésticos com dupla função, enquanto nas cozinhas maiores, móveis como poltronas, sofás e até TVs high tech encorajam o descanso e a socialização. O formato aberto e integrado a outros ambientes ajuda as famílias a passarem mais tempo juntas, cozinhando de uma forma mais interativa e colaborativa.

Ao mesmo tempo, estamos assistindo as maneiras mais tradicionais de preparar comida e até o ato de comer em si começando a ser substituídos por um ritual muito mais fluido e relaxado. A cozinha se torna mais conectada e a ideia de uma refeição familiar em volta de uma mesa está em declínio. Como resultado de estilos de vida ocupados e a correria do dia-a-dia, estamos vendo menos famílias comendo juntas e quando comem, são interrompidas por diversas distrações. Além disso, em função de alergias alimentares e dietas, essas famílias também estão optando por um repertório mais diverso do que nunca no que diz respeito à alimentação. Sophie Egan, do The Culinary Institute of America, chama esse fenômeno de “jantar em família a la carte” (pensem nas refeições feitas sob medida, por entrega, em que cada membro da família decide o que vai comer).

O curioso é que, mesmo com toda a facilidade oferecida pelos serviços de delivery, as pessoas não estão cozinhando menos. Pelo contrário. Estamos de fato assistindo a um aumento enorme no hábito de cozinhar e construir refeições em casa – em parte graças à popularidade do conteúdo em vídeo disponível nas mídias socais, que ajuda a desmistificar o ato de cozinhar – algo que os livros de culinária nunca conseguiram fazer.

Mais de um milhão de mulheres americanas da geração Millennial estão virando mães pela primeira vez a cada ano, e elas têm um enorme entusiasmo em relação a cozinhar para suas famílias e para si mesmas. Para esse grupo, vários fatores entram em conta: a preocupação com a saúde, com as despesas financeiras, o próprio desejo de nutrir e até a vontade de se expressar criativamente. Para essas mulheres, há um grande fator de auto-identificação por meio da comida: escolhas de dieta, restrições alimentares e até a busca por alimentos mais limpos e naturais. Com a popularidade das mídias sociais, a comida em si é quase uma marca de identidade para elas mesmas e para suas famílias. Endossam um estilo de vida.

Enquanto na televisão, os programas de gastronomia ajudam a apagar essa divisão de sexos, o Waitrose Cookery School, que é uma escola de gastronomia na Inglaterra, diz que homens recentemente aposentados, acima de 60 anos, são o grupo de consumidor que cresce mais rápido nos cursos de culinária. Hoje, uma a cada três crianças americanas uma é obesa ou está acima do peso. Não à toa, pais e órgãos públicos de saúde estão encorajando as crianças a criarem hábitos alimentares mais saudáveis (basta olhar os minichefs amadores, que viraram hit na TV).  De acordo com uma pesquisa recente da Samsung, pais britânicos gostariam que seus filhos conseguissem fazer espaguete a bolonhesa, frango assado e ovos mexidos até os doze anos de idade! Está de bom tamanho, não está?

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